O depoimento dos irmãos Miranda na CPI da Pandemia, na última sexta-feira (25), produziu acusações que complicaram ainda mais a situação de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Pressionado por senadores, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) revelou que o nome do parlamentar citado pelo presidente durante reunião – em que Miranda teria denunciado irregularidades no contrato da vacina Covaxin – foi o do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Para o âncora da BandNews FM, Reinaldo Azevedo, o depoimento na comissão evidenciou que “algo de muito podre se passa no reino do Ministério da Saúde”.
O jornalista analisa o que estaria envolvido na polêmica negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Para ele, o fato de a Madison Biotech – empresa supostamente localizada em Singapura que receberia antecipadamente US$ 45 milhões pela aquisição do imunizante – ser do mesmo dono do laboratório, não ameniza as acusações, uma vez que não haveria motivos para o pagamento ser feito a um empreendimento situado em um paraíso fiscal.
Na coluna desta segunda (28), Reinaldo Azevedo ainda afirma ser compreensível que Ricardo Barros permaneça como líder do governo, uma vez que “não é Bolsonaro quem garante o emprego de Barros”, mas o contrário, fazendo menção ao fato do “Centrão” (partidos que apoiaram todos os últimos governos e que reúne mais de 200 deputados na Câmara dos Deputados) ser o único empecilho entre Bolsonaro e um eventual processo de impeachment.
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O É da Coisa
Você pode acompanhar as análises dos principais assuntos do dia feitas por Reinaldo Azevedo no programa “O É da Coisa”, com Alexandre Bentivoglio e Bob Furuya, de segunda a sexta-feira, das 18h às 19h20, aqui na BandNews FM.