Reinaldo Azevedo: Democracia compreende punir aqueles que tentam destruí-la

Âncora do "É da Coisa" que todos envolvidos em plano para mata o presidente Lula e outros alvos deverão ser presos

Bolsonaro e Braga Netto
Valter Campanato/Agência Brasil

O âncora de "O É da Coisa", Reinaldo Azevedo, disse nesta terça-feira (19) que as pessoas envolvidas na investigação da Polícia Federal sobre a conspiração que buscava matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deverão ser presas. 

“A democracia compreende punir aqueles que tentam destruí-la. A democracia não é um regime que tudo pode. Como costumamos dizer aqui, qual é o regime que tudo pode? A tirania. Ali tudo pode, para quem é amigo do tirano para quem é o tirano. Na democracia não, a democracia é o regime das leis”, disse Reinaldo Azevedo. 

“Então, vocês terão de aceitar a democracia, inclusive as decisões do Judiciário, que é fruto dessa mesma democracia, gostemos ou não dos seus julgamentos. E os golpistas vão pagar, não adianta ficar fazendo ameaças”, completou. 

Entre as pessoas que provavelmente estão envolvidas na conspiração, o âncora aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mensagens de um dos detidos nesta terça apontam que eles teriam gostado que o ex-presidente tenha aceitado o “assessoramento” deles no dia 9 de dezembro. 

Neste mesmo dia, Bolsonaro falou para apoiadores que “se algo der errado, eu perdi a minha liderança”. 

“Ainda há pouco a gente via Bolsonaro dando entrevista, que foi editado em três dias seguidos, parecendo líder da democracia mais aberta e amigável possível.Depois Bolsonaro escrevendo artigo 'aceitem a democracia'. Olha aqui eu vou fazer um convite a Jair Bolsonaro e a outros, até da imprensa: aceitem a democracia”, afirmou Reinaldo Azevedo. 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça a Operação Contragolpe, que prendeu um policial e cinco militares do grupo conhecido como “kids pretos”, que teriam atuado no planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022. Também estavam envolvidos no plano do grupo executar Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do SFT (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Moraes, relator do caso no tribunal, autorizou a PF a prender o  general da reserva  Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A PF aponta que o esquema consistia em monitorar, prender e matar Moraes, para em seguida matar Lula e Alckmin no intuito de impedir a posse do governo eleito. 

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