Reinaldo Azevedo: O corte de gastos do governo e os fanáticos contra os pobres

Âncora analisou a repercussão do pacote de corte de gastos e de redução da isenção do Imposto de Renda anunciado pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda

O âncora Reinaldo Azevedo, que comanda 'O É da Coisa' na BandNews FM, analisou durante a manhã desta quinta-feira (28) o anúncio - e a repercussão - do pacote de corte de gastos e aumento da isenção no Imposto de Renda apresentado pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda.

De acordo com o jornalista, o corte de R$ 70 bilhões que será poupado nos próximos 24 meses - como anunciado por Haddad - é "bastante, se conseguir fazer".

Mesmo com a desconfiança do mercado financeiro, Reinaldo destaca que há pontos em que a pasta econômica acertou em alterar, como o teto de reajuste do salário mínimo que passará a ser de 2,5% relacionado ao arcabouço fiscal.

"Hoje, o reajuste mínimo é inflação e variação do PIB. Esse ano de 6,97%. Aqui, você tem efetivamente um corte de despesas", analisou.

Houve também corte no PI/Pasep, atualmente pago para quem ganha até dois salários mínimos, será pago apenas para quem ganha até um salário mínimo e meio.

Idade mínima para aposentadoria dos militares também sofreu alteração, salários do serviço público deverão respeitar o teto constitucional, as emendas parlamentares crescerão abaixo do acréscimo de despesas e sempre que houver déficit primário, será proibido oferecer benefícios tributários.

"Mas o governo cometeu, segundo os fundamentalistas, um pecado terrível. Anunciou, para 2026, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. [...] Com isso, o governo abre mão de receita, mas para compensar vem a elevação do imposto de renda para quem ganha acima de R$ 50 mil", disse.

"Essa gente tem na cabeça um pacote que corte saúde, que corta educação, que corta salário mínimo, corta aposentadoria. Esse programa não ganhou a eleição. Façam um candidato que prometa tudo isso", completou.

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