Reinaldo Azevedo: Corte de despesas não é uma agenda de Haddad; interessa ao governo e ao país

Colunista falou sobre o iminente anúncio de um corte de gastos promovido pelo governo federal; presidente Lula e ministros vão se encontrar nesta sexta para acertar os detalhes finais da proposta

O colunista e âncora Reinaldo Azevedo, do 'O É da Coisa' da BandNews FM, analisou durante a manhã desta sexta-feira (8) o cenário político e econômico do Brasil, em meio a um iminente anúncio de corte de despesas no governo federal.

Nesta sexta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá retomar as reuniões ministeriais que visam finalizar o pacote de corte de gastos a ser anunciados pelo Planalto.

Há, ainda, a possibilidade de ministros que comandam pastas sociais que integram o governo deixarem os cargos em função dos cortes. Nomes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Democrático Trabalhista (PDT) podem desembarcar da gestão.

"É importante que saia [hoje, o anúncio do pacote de gastos]. Todos sabem que não tenho uma avaliação do governo Lula da economia desarvorada, como vejo no mercado. Acho juros no Brasil absurdos, desnecessários. [...] Minha avaliação coincide com a [da agência de classificação de risco] Moody's, que elevou a nota do Brasil", disse Reinaldo antes de destacar que observa a necessidade de um controle dos gastos.

O âncora também avaliou que o desenho do arcabouço fiscal foi redigido sob "metas ousadas demais", de déficit zero e posteriormente um superávit. "Não achava que fosse possível fazer em um tempo tão curto, mas assim se fez", analisou.

"Considero que as avaliações são injustas, severas demais, acho que o governo está indo bem, no geral. Agora, uma vez que buscou essa confiança, o que não se pode fazer é trair essa confiança. Esse é o pior cenário", completou.

Reinaldo ainda ressaltou que, por mais que possíveis cortes em programas sociais possam ser sentidos pelos mais necessitados - o que não acredita ser o caso -, "a estabilidade da economia também é fundamental para os pobres".

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