Reinaldo Azevedo: Bolsonaro ou Moro é continuidade do caos

Acompanhe a análise do âncora do programa "O É da Coisa"

Rádio BandNews FM

Durante a solenidade do Dia Nacional contra a Corrupção no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e afirmou “ter doído no coração” ver deputados aliados do governo serem presos, em indireta à prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que estava presente na plateia. Silveira foi preso após ameaçar ministros do STF nas redes sociais, e teve a prisão revogada no mês passado.

"Temos aqui um parlamentar que ficou sete meses preso. Se coloquem no lugar dele", disse Bolsonaro. "Eu não posso entender um parlamentar ficar preso durante sete meses. E se errou, como todos nós podemos errar, a pena jamais seria essa. Qual o limite de certas pessoas no Brasil? Qual o limite dessas pessoas? Doeu no meu coração ver um colega preso? Doeu. Mas o que fazer? Será que queriam que eu tomasse medidas extremadas? Como é que ficaria o Brasil perante o mundo? Possíveis barreiras comerciais, problemas internos", concluiu.

STF “ao serviço de amigos”

O âncora do programa “O É da Coisa”, Reinaldo Azevedo, avalia que o chefe do Executivo voltou à sua retórica inflamada contra Alexandre de Moraes e contra o STF. “Ele quer um Supremo que atenda aos seus amigos, aos chiliques dos seus familiares, aos seus interesses, e não esconde isso de ninguém. [...] A ideia é levar o confronto, a guerra cultural e a guerra de valores para dentro do tribunal”.

O jornalista ainda avalia que haveria semelhanças entre Bolsonaro e o ex-ministro e pré-candidato à presidência Sergio Moro em relação aos ataques destinados à corte.

“É mais confusão que você quer? É mais conflito? É mais conflagração? Uma alternativa é Bolsonaro, a outra é Moro”, afirma o âncora da BandNews FM.