O âncora de "O É da Coisa" na BandNews FM, Reinaldo Azevedo, comenta a retirada do sigilo pelo Supremo Tribunal Federal de uma conversa gravada entre o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da reunião era discutir estratégias para monitorar auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação contra o senador Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.
Reinaldo questiona se a reunião serviu para práticas de ilegalidade: “Falar que vai cometer um crime, não é um crime. Será que só falaram? Será que não fizeram?”.
O jornalista avalia a declaração de Jair Bolsonaro sugerindo que o então secretário da Receita Federal José Tostes Neto deve ser procurado para facilitar o acesso a procedimentos internos do órgão. Posteriormente, as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach se encontraram com Tostes Neto, assim como o próprio Bolsonaro.
Reinaldo conclui que qualquer pedido, mesmo feito informalmente ao ex-secretário da Receita, é ilegal. “Se as reuniões com Tostes fossem para discutir a morte a bezerra, aí não aconteceu crime nenhum. A única coisa chata teria sido a morte da bezerra”, diz.