O âncora do O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, analisa o depoimento prestado pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado pela Lava Jato de lavar dinheiro para a Odebrecht, ao novo da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio.
Há alguns anos, Duran externa ter sido vítima de extorsão para não ser preso pela operação. Como ele teria se negado a pagar a totalidade do que lhe foi exigido, teve a prisão preventiva decretada em 2016 pelo juiz Sérgio Moro, mas com dupla cidadania, mora, desde então, na Espanha.
O advogado afirma que advogado Carlos Zucolotto Júnior, então sócio de Rosângela Moro, mulher de Sérgio Moro, teria pedido US$ 5 milhões para que não houvesse uma prisão decretada.
Com receio de ser preso, Tacla Duran resolveu ceder e teria pagado US$ 613 mil ao advogado Marlus Arns, também amigo de Rosangela Moro. Como havia desistido de fazer o resto do pagamento, veio o decreto de prisão, mas ele já não estava no Brasil.
Tacla Duran chegou a ser preso na Espanha pela Interpol, mas a decisão foi revogada.
O ministro Ricardo Lewandowski extinguiu a ação penal, e Rodrigo Tacla Duran afirma ter fotos que comprovam as denúncias.
“Duran há muitos anos mantém a tese de que foi vítima de extorsão e nunca teve a chance de expor aquilo que considera como provas. Se existirem, pior para Moro e Dallagnol. Se não, é acusador de quem se desmoraliza”, afirma Reinaldo Azevedo.