
A quantidade de armamentos no Brasil destinados a cidadãos comuns caiu em 2023 em comparação com o ano anterior. A Polícia Federal concedeu 20 mil autorizações do gênero nos últimos 12 meses contra mais de 114 mil em 2022, segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
O balanço foi obtido pelo site UOL e o número é o menor desde 2004. Anualmente, civis podem ter até duas armas de uso permitido para defesa pessoal e 50 munições por arma.
Além disso, é necessário que os interessados comprovem efetiva necessidade para a posse do armamento. Essas regras são diferentes daquelas voltadas para colecionadores, atiradores esportivos e caçadores - os chamados CACs.
A PF afirmou que o governo Lula influenciou nessa redução. Em julho de 2023, um decreto que restringia a circulação e compra de armas pela população civil foi assinado pelo presidente da República.
Antes, civis podiam comprar, por exemplo, até quatro armas de uso permitido para a defesa pessoal, sem a necessidade de comprovação da necessidade. O então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o texto assinado contrariava o "armamentismo irresponsável" e o "extremismo político" da última gestão.