As secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária da Bahia investigam a entrada de armas no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, após a morte de cinco detentos durante uma rebelião. Dezoito internos ficaram feridos no motim. A segunda-feira (21) é mais tranquilo na unidade após o motim dos presos.
Os feridos foram encaminhados para unidades de saúde.
Segundo a Segurança Pública da Bahia, a rebelião começou no domingo (20), quando os policiais ouviram tiros disparados dentro do Módulo II da Penitenciária Lemos Brito.
Policiais militares foram ao local e impediram a fuga de internos que tentavam sair pela porta principal da cadeia.
De acordo com o comandante do Batalhão de Guardas, tenente coronel Flávio Farias, a rebelião foi motivada por uma briga entre facções.
Os PMs receberam reforços do Batalhão de Choque, do Bope, e da Rondesp Central para controlar o motim.
Uma revista foi feita após o fim da rebelião e armas brancas e de fogo foram apreendidas. Uma nova vistoria é feita nesta segunda-feira (21) pelos policiais penais.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Fernando Fernandes, ainda são aguardados novos motins nas outras seis unidades que compõem o complexo da Mata Escura.
No momento da rebelião, parentes dos detentos chegaram a fechar a Avenida Cardeal Brandão Vilela, no bairro da Mata Escura, em protesto. Os familiares dos detentos permanecem na porta do complexo penal e reclamam da falta de informações.
A BandNews FM procurou a secretaria Administração Penitenciária da Bahia para saber mais detalhes sobre a denúncia, mas o órgão ainda não respondeu à solicitação.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga a motivação das mortes e do início da rebelião.