As operadoras de planos de saúde de todo o Brasil devem anunciar ainda em maio o reajuste dos preços das categorias individual e familiar. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estipulou um teto de 12% de aumento.
A Associação Brasileira das empresas do setor estima que a alta deve ficar acima dos 10%. No ano passado, o índice foi de 15,5%, o maior já registrado.
O reajuste anual dos planos de saúde tem pesado no bolso dos beneficiários. A professora Lívia Vidal, por exemplo, cancelou o plano, por não ter mais condições de pagar. Advogada especialista em Direito do Consumidor, Fabiana Lemos afirma, porém, que é possível reverter cobranças abusivas buscando o próprio órgão.
Já no caso dos planos coletivos em adesão ou empresariais, o aumento deve ser anunciado depois do meio do ano. A especialista detalha que estas categorias não são regulamentadas pela ANS e, por isso, não são fiscalizadas pelo órgão e costumam ter mais reclamações por causa de altas desproporcionais. Nestes casos, segundo ela, é preciso que cada beneficiário que se sinta lesado entre na Justiça para que o reajuste se adeque a um preço similar ao das categorias sob responsabilidade da Agência. Quase 50,5 milhões de pessoas no Brasil têm plano de saúde, segundo a ANS.