Quem é a deputada cassada por usar verba pública para pagar harmonização facial

Silvia Waiãpi usou R$ 9 mil do fundo de campanha para pagar procedimento estético, segundo decisão do TRE-AP

Quem é a deputada cassada por usar verba pública para pagar harmonização facial
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP)
Reprodução/Instagram @silviawaiapi

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) cassou o mandato da deputada federal Silvia Waiãpi, de 48 anos, do Partido Liberal (PL), por ter utilizado verba pública de campanha para custear um procedimento de harmonização facial durante as eleições de 2022. 

De acordo com a decisão, Silvia teria instruído uma assessora de campanha a repassar R$ 9 mil para um cirurgião-dentista, utilizando recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

A deputada nega a acusação de repasse da quantia e afirma que suas contas de campanha foram devidamente aprovadas. Cabe recurso da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que ainda mantém a possibilidade de revisão da cassação.

Carreira

Registrada como Silvia Nobre Lopes, Silvia Waiãpi tem 17 funcionários ativos em seu gabinete, além de um salário mensal bruto de pouco mais de R$ 44 mil.  

Nasceu em Pedra Branca do Amapari, no Amapá, é indígena e registrou suas profissões como fisioterepauta e militar na página da Câmara dos Deputados. No órgão, integra a Comissão Externa para acompanhar a investigação da crise dos Yanomami.

Nas redes sociais, se define como "republicana conservadora" e "defensora da mulher, da criança e da família". Ocupou o cargo de secretária de Saúde Indígena durante a presidência de Jair Bolsonaro.  

Nas eleições de 2022, Silvia foi a deputada federal eleita menos votada no Brasil, com 5.435 votos. Durante a campanha, ela recebeu apoio de bolsonarista, como Eduardo Bolsonaro, Damares Alves e Carla Zambelli. Na Câmara também faz parte da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

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