As equipes de busca que atuam no resgate após um acidente de avião na floresta amazônica negam que tenham encontrado as quatro crianças desaparecidas na queda. As buscas chegam nesta sexta-feira (19) ao 18º dia. Na quinta-feira (18), o presidente Gustavo Petro chegou a dizer, equivocadamente, que os quatro irmãos – incluindo um bebê de 11 anos – haviam sido resgatados com vida. Depois de notar o engano, ele deletou a mensagem.

A manifestação do presidente foi duramente criticada na Colômbia, onde o caso tem provocado grande mobilização. O governo colombiano reiterou a informação de que as buscas seguem em andamento e que não sabe onde está o grupo. No avião, além das quatro crianças, estavam a mãe deles e outras duas pessoas. Os três adultos morreram na queda.

Em entrevista à rádio colombiana Caracol nesta sexta-feira (19), Edwin Paki, que mora na região do acidente e tem ajudado no resgate, negou a informação dada pelo presidente de que as crianças foram vistas. Segundo ele, existem indícios de que os quatro estejam vivos.

"Eles não estão andando em linha reta, estão dando voltas, então não avançam muito na selva [..] Os acampamentos que encontramos na terça-feira (16) foram o indício de que eles estariam vivos", disse.

O voo faria o trajeto entre Caquetá e San José del Guaviare, uma das principais cidades da Amazônia colombiana, mas sofreu o acidente depois de o piloto reportar às equipes em solo problemas na aeronave, que desapareceu dos radares momentos depois.