Quatro indígenas Yanomami morreram em Boa Vista, no estado de Roraima, na última terça-feira (21) em decorrência de complicações causadas por malária e desnutrição.
São três mulheres – de 45, 49 e 63 anos – e um adolescente de 16 anos. Os corpos foram levados para a terra Yanomami dentro de caixões. Todos faziam tratamento no Hospital Geral de Roraima, mas não resistiram.
Os corpos do adolescente e da mulher de 49 anos foram levados para comunidades na região de Surucucu, enquanto as outras duas vítimas foram encaminhadas para Awaris, região onde moravam.
As informações foram divulgadas pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami.
Ainda em fevereiro, o Ministério da Saúde destinou seis mil testes rápidos de malária para seis áreas Yanomami, no norte do país. O objetivo é diagnosticar casos durante as ações dos profissionais que atuam na região. Além disso, medicamentos para o tratamento da doença também seguiram para esses locais.
O plano de distribuição dos testes foi feito pelo Centro de Operações de Emergência Yanomami e a meta é ter o diagnóstico no menor tempo possível, especialmente nas áreas mais afastadas.
Desde o início da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) ter sido declarada na terra indígena, foram realizados mais de cinco mil atendimentos médicos ao povo Yanomami.
De acordo com informações divulgadas na última segunda-feira (20) pelo Ministério da Saúde, além da malária e da desnutrição, estão entre os problemas de saúde mais recorrentes os casos de diarreia aguda, pneumonia e tuberculose. Muitos dos pacientes são crianças.