O Brasil tem cerca de 3,9 milhões de brasileiros vivendo em mais de 13 mil áreas de riscos mapeadas pelo país. Os números fazem parte de um levantamento do Serviço Geográfico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia.
Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, territórios bastante montanhosos, com morros e regiões serranas. O terreno mais inclinado favorece a instabilidade de encostas.
O professor aposentado da área de Contenções e Barragens e ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA), Luis Campos, explica que a falta de moradia é um problema nacional, que leva as pessoas a ocuparem áreas de risco.
A Bahia tem mais de 231 mil pessoas vivendo em 774 áreas consideradas de risco. De acordo com Luis Campos, alguns destes locais não eram considerados de risco, até a ação humana e possuem áreas hidrográficas importantes, com grande ocupação nas margens dos rios, onde a população costuma sofrer com inundação.
Segundo o chefe da Divisão de Geologia Aplicada do Serviço Geológico do Brasil, Tiago Antonelli, o mapeamento é importante para a prevenção de desastres, já que apresenta a localização e as características de pontos propensos a eventos naturais, como deslizamento, inundação, enxurrada, quedas de rochas e erosões.