Putin planeja aumentar força nuclear da Rússia na véspera do 1º ano da guerra

Declaração é feita dois dias depois da suspensão de participação do país no último grande tratado vigente de controle de armas nucleares

BandNews FM

Putin planeja aumentar forças nucleares da Rússia na véspera do 1º ano da guerra
Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, voltou a fazer ameaças nucleares contra o Ocidente e anunciou nesta quinta-feira (23) que irá reforçar as forças nucleares do país com um novo míssil. A declaração veio dois dias depois do chefe de Estado suspender a participação da Rússia no tratado conhecido como Novo Start, o último em vigor que trata do controle de armas atômicas. 

Na véspera do aniversário de um ano da guerra, o líder também anunciou que pretende fortalecer a “tríade nuclear” do país, em referência a mísseis nucleares em terra, mar e ar. Além disso, ele confirmou a produção em massa de dois dos três modelos hipersônicos que já estão em operação, o Kinjal (lançado de caças) e o Tsirkon (usado em navios). 

A primeira embarcação russa equipada com o Tsirkon aportou na última quarta-feira (22), na África do Sul, para exercícios conjuntos com a Marinha local e com navios da China, aliada do país. 

Além disso, as tensões com os Estados Unidos têm aumentado em relação a uma outra arma desenvolvida pelos russos. O míssil RS-28 Sarmat, conhecido como Satã-2, é uma das “armas invencíveis" anunciadas por Putin em 2018. 

O projétil é o mais avançado modelo intercontinental do mundo, podendo levar de 10 a 15 ogivas nucleares ou 24 planadores hipersônicos do modelo Avangard, também com cargas atômicas, a alvos até 18 mil km distantes. Há dúvidas sobre a capacidade russa de construir mais unidades.

O teste do míssil intercontinental foi anunciado para o mesmo dia da última visita do presidente americano Joe Biden a Kiev, capital da Ucrânia, em 20 de fevereiro, mas há indícios de que o ensaio falhou quando o segundo estágio do Sarmat se separou. 

Na data em questão, a Rússia havia emitido uma notificação de aeronavegabilidade informando a trajetória de um lançamento de foguete da base de Plesetsk (noroeste do país) até o campo de provas de Kura, em Kamtchatka (extremo oriente, a mais de 6.000 km).

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.