Relatórios preliminares das Forças Armadas dos Estados Unidos apontam que uma suposta explosão pode ter ocasionado a queda de um avião corporativo que matou dez pessoas na Rússia.
Segundo o jornal americano The New York Times, a Inteligência americana trabalha com as hipóteses de bomba ou até combustível adulterado.
O presidente russo Vladimir Putin confirmou, nesta quarta-feira (24), a morte do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, que estava a bordo do jato que caiu na terça-feira (23). O pronunciamento de Putin ocorreu cerca de 24 horas depois do desastre aéreo.
Em um discurso em emissoras de televisão do país, Putin enviou condolências à família do líder do grupo de mercenários. O presidente foi a primeira autoridade estatal a confirmar a morte.
“Prigozhin tinha um destino complicado, cometeu diversos erros graves ao longo da vida, mas também procurou atingir os resultados necessários tanto para si próprio quanto no momento em que lhe pedi, pela causa comum, como nestes últimos meses", afirmou Vladimir Putin.
Além de Prigozhin, estavam na aeronave outra 9 pessoas. O avião, um Legacy 600, da Embraer, pertencia ao chefe do Grupo Wagner e fazia o trajeto de Moscou para São Petersburgo, na Rússia.
As autoridades da Rússia coordenam a apuração, mas a Embraer solicitou uma entrada nas investigações para apurar as causas do acidente.
O grupo Wagner foi nomeado em homenagem ao compositor erudito Richard Wagner, o favorito de Adolf Hitler.
Prigozhin era um antigo aliado de Vladimir Putin, que passou a ser considerado um inimigo político depois de um motim há dois meses. Depois de fracassar na rebelião contra o exército russo, o chefe do Grupo Wagner fechou um acordo para ficar exilado em Belarus, país aliado da Rússia. O acerto foi intermediado pelo presidente local, Alexander Lukashenko, mas Prigozhin foi visto em São Petersburgo no mês passado e em solo africano na última semana..
O grupo Wagner depositou flores em locais que remetem ao grupo em homenagem ao chefe da milícia.