O publicitário Washington Olivetto morreu, neste domingo (13), aos 73 anos. Criador do garoto Bombril, ele é um dos ícones da publicidade no país. A morte foi comunicada por familiares e amigos. Ele estava internado no Rio de Janeiro e morreu em decorrência de complicações pulmonares
Descrito como um incansável criativo, esteve à frente da WMcCann, uma das maiores agências publicitárias do Brasil. Também foi responsável por trabalhos memoráveis como a “Democracia Corintiana” e conquistou mais de 50 leões no Festival de Cannes, a maior premiação do mercado.
Também foi o primeiro não anglo-saxão a entrar no Hall da Fama da Publicidade, ainda em 2014.
Em entrevista a BandNews FM, o atual CEO da WMcCann e responsável por suceder Olivetto, Hugo Rodrigues, relembrou a criatividade de publicitário.
“Ele gerou uma atratividade em uma indústria que na década de 80 não era tão chamativa, e que ganhou espaço na vida de todos os brasileiros. Washington tinha esse brilhantismo, essa capacidade”, analisa o comunicador.
O artista foi responsável por produzir os únicos dois comerciais brasileiros selecionados pela jornalista americana Berneci Kanner para a lista dos 100 maiores da história.
Entre eles, está a propaganda “Meu primeiro Sutiã”, lançada em 1987 para a Valisère, e o vídeo “Hitler” produzido, em 1989, para a Folha de São Paulo. Em um minuto, o narrador apresenta uma série de feitos positivos para a economia alemã, sem mencionar o nome da figura em questão. No final, ao revelar que se tratava de Adolf Hitler, o comercial impacta com a frase: "É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.
Para Hugo Rodrigues, é impossível resumir a carreira do publicitário a apenas um grande trabalho. “Tem uma sequência de casos de sucesso. Ninguém vai falar de outra coisa essa semana que não seja o garoto Bombril, o primeiro sutiã, o cachorrinho da CoFap. Eu prefiro sempre falar do Washington no plural”, conclui Hugo Rodrigues.
Washington Olivetto deixa a esposa Patrícia Viotti e três filhos.