O governo de São Paulo anunciou uma nova medida para que estudantes do Ensino Médio da rede estadual possam ingressar nas universidades locais. Trata-se do Provão Paulista, uma iniciativa que deverá valer para inserção de alunos em instituições de ensino superior estaduais.
De acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi autorizado a criação do programa que deverá disponibilizar 13 mil vagas em cursos superiores na Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Centro Paula Souza.
"Os jovens têm o sonho de entrar na universidade porque ela é um passo para o sucesso profissional, a inserção no mercado de trabalho, emprego de qualidade e autonomia. A gente quer fazer esse sonho cada vez mais possível", afirmou Tarcísio.
A avaliação passará a ser realizada no mês de novembro, de maneira seriada. Ou seja, com questões de múltipla escolha e redação que deverão ser feitas ao longo da vida estudantil dos alunos. De acordo com o governo, a avaliação seguirá os moldes de vestibular tradicionais. Com aplicação presencial e fiscalizadas nas escolas estaduais, em data única.
Diferente do Enem que conta com duas semanas de aplicação, em dois domingos, o Provão só terá uma data. Todos os estudantes do ensino médio da rede estadual, incluindo os matriculados nas Etecs, poderão participar do Provão.
Para 2024, o acesso às vagas nas universidades será obtido pela nota acumulada nos alunos nos provões nos dois anos finais do ensino médio. Já em 2025 serão considerados os resultados nas provas aplicadas ao longo das três séries. Ou seja, a partir do ano que vem, vão ser utilizadas as notas do segundo e terceiro ano.
Para a escolha dos alunos da rede estadual aprovados e que irão ingressas nas universidades públicas, será realizado uma média das notas. A Secretaria da Educação avalia que o Provão Paulista vai servir para melhorar o desempenho dos estudantes, já que a iniciativa também pode ser visto como instrumento de combate ao abono e a evasão escolar, já que o aluno precisará fazer a prova ao longo dos três últimos anos do ensino público.
Exames não concorrentes
No entanto, Provão e Enem não serão conflitantes entre si, já que o Exame Nacional do Ensino Médio é utilizado para universidades que não aceitam um vestibular próprio, caso de universidades federais. Além disso, as provas costumam ser agendadas em datas diferentes, de modo que o estudante consiga prestar a maior quantidade de vestibulares ou provas de acesso à universidades possíveis.