Antes de deixarem as funções no caso Marielle, as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), afirmaram que o delegado Maurício Demétrio acessou e vazou informações sigilosas.
No último sábado (10), as duas integrantes da força-tarefa do MP-RJ pediram para sair do caso por supostas interferências externas. Um dos pontos de discordância entre os promotores seria a delação premiada de Julia Lotufo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega.
Antes de deixarem a investigação, as promotoras Sibilio e Emile disseram que descobriram documentos que comprovam um vazamento ilegal ligado a Demétrio. O delegado teria recebido informações sigilosas sobre o caso Marielle Franco, sem integrar as investigações.
Os dados estariam no e-mail de um ex-policial civil que seria ligado à contravenção e que também é investigado pelas mortes da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Segundo o próprio Demétrio, esse ex-policial seria um desafeto dele. Ele teria medido força com rivais, de acordo com a Força-Tarefa.
Agora, o governador do Estado, Claudio Castro (PL), disse que cobra solução institucional para o caso.
Preso desde o final de junho, Maurício Demétrio é o primeiro agente de segurança ativo do Rio de Janeiro denunciado por atrapalhar o caso Marielle.
Ele foi preso por suspeita de comandar um esquema que exigia propina de lojistas que vendiam roupas falsificadas em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.