Professores decidem pelo fim da greve nos institutos e universidades federais

Docentes aceitaram as propostas de investimento do Ministério da Gestão e Inovação

Rádio BandNews FM

Greves nos Institutos Federais é suspensa
Reprodução

Mais de 30 universidades federais começam a programar o retorno das atividades após os professores anunciarem o fim da greve nacional que começou em abril.

Os docentes de ensino técnico aceitaram as propostas de investimento do Ministério da Gestão e Inovação neste sábado (22).

A decisão de suspender a paralisação nos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia foi aprovada pelos técnicos-administrativos das unidades em discussão feita no plenário do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que aceitou o reajuste com 89 votos a favor contra 15.

De acordo com a proposta, os reajustes poderão chegar a 43% ao longo de 4 anos, já incluído o aumento linear de 9% do funcionalismo, concedido em 2023.

A estimativa é de que a revisão nos vencimentos dos professores fique acima da inflação de 2023 a 2026, que deve ser de 15%.

Para os docentes do ensino básico, técnico e tecnológico da rede federal, o acordo prevê reajustes em 2025 e 2026, mas com percentuais diferentes para cada classe profissional.

A greve deverá ser suspensa após os acordos com o Ministério da Gestão e Inovação serem assinados. A previsão é de que as aulas retomem a partir desta quarta-feira (26), mas não há data confirmada.

Além do anúncio dos reajustes salariais, o governo também anunciou um investimento de mais de 5 bilhões de reais em melhorias na infraestrutura das universidades federais, como obras em hospitais universitários e a construção de 10 novos campi nas 5 regiões do país.

Ao todo, a expectativa é de que mais de 4 bilhões de reais sejam investidos em escolas de educação infantil, ensino fundamental e profissionalizante.

Também há compromisso de melhorias em relação às remunerações por progressão de carreira. A proposta prevê ainda a criação, em 2026, do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), um benefício que permite a remuneração dos profissionais por titulações acadêmicas.

O acordo proposto pelo governo também prevê a revogação de uma portaria, editada em 2020, que elevou a carga horária mínima semanal para professores das unidades de ensino básico, técnico e tecnológico.

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