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Professora e agentes são afastados após menino com autismo ter sido dopado no RJ

Secretaria Municipal de Educação segue com sindicância para apurar denúncia

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Professora e agentes são afastados após menino com autismo ter sido dopado no RJ
Reprodução

Uma professora e três agentes de educação infantil foram afastados do espaço de desenvolvimento infantil onde um menino de dois anos com autismo pode ter sido dopado. O episódio aconteceu no dia 14 de junho na unidade de ensino que fica em Cosmos, na Zona Oeste. A Polícia Civil investiga o caso e deve ouvir nos próximos dias os profissionais. 

A Secretaria Municipal de Educação segue com a sindicância para apurar a denúncia e comprovar se alguma substância foi dada ao menino dentro da escola e quem teria administrado o medicamento. 

O Espaço de Desenvolvimento Infantil Renée Biscaia Raposo possui apenas um agente de apoio à educação especial e 17 alunos incluídos. A informação consta no Mapa da Inclusão Escolar Carioca, elaborado pela Frente Parlamentar em Defesa da Educação Inclusiva da Câmara Municipal do Rio. O menino foi transferido para a Creche Municipal Adalto Bastos, em Paciência, na mesma região, e começou as aulas nesta quarta-feira (26). O município garantiu que vai disponibilizar um profissional especializado para acompanhar Ítalo. 

A mãe desconfiou da situação quando buscou a criança na unidade de ensino. Ela disse que o menino não conseguia ficar acordado. Já em casa, os familiares filmaram o pequeno cambaleando e tentando se equilibrar. Em um momento, ele chega a esbarrar em um brinquedo e quase cai ao chão. O caso foi levado também ao Conselho Tutelar nesta terça-feira (25).

Em seguida, o menino foi levado ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, também na Zona Oeste, onde passou por uma lavagem estomacal. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a criança deu entrada na unidade sem reação a estímulos e realizou exames laboratoriais que não apresentaram alterações significativas.

Três dias depois, um exame toxicológico realizado em uma clínica privada deu positivo para o medicamento zolpidem, do grupo de hipnóticos sedativos. Por outro lado, o laudo pericial da Polícia Civil não constatou presença de substâncias. O zolpidem é vendido sob prescrição médica para induzir sono a adultos. Na bula, o medicamento é proibido em menores de 18 anos.

Segundo os familiares, a escola teria dito que o menino estava apenas com sono e com quadro de diarreia após ter ingerido uma vitamina de banana na escola. A versão é contestada pela família.

Em nota, a Prefeitura do Rio disse que colabora com a investigação da Polícia Civil.

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