Um professor foi agredido e preso em Goiás por dirigir um carro com um adesivo contra o presidente Jair Bolsonaro.
Arquidones Bites disse que temeu pela própria vida. Segundo ele, os policiais militares o abordaram por causa de um adesivo escrito “Bolsonaro Genocida”.
Os agentes teriam exigido que Bites retirasse o adesivo. Ele relatou agressões, como chutes e empurrões, antes de ser levado para a viatura sob acusação de violar dispositivos da Lei de Segurança Nacional.
A lei apresentada pelos policiais como razão da prisão foi editada em 1983, no final da ditadura militar.
O professor secundarista, que também é secretário de movimentos populares do PT, disse que muitas coisas passaram pela cabeça dele, mas que sabia que não tinha cometido crime: "Eu fiquei um pouco assustado quando uma das viaturas parou, aguardando a outra chegar".
Arquedonis Bites relatou que não conseguiu dormir e precisou usar medicamentos para controlar a pressão arterial: "Eu tomei remédios na Polícia Federal, em casa e um chá de erva cidreira".
O professor explicou à BandNews que dormiu pouco e ainda sente o estresse emocional do episódio. Também agradeceu às manifestações de solidariedades no Brasil e no exterior.
No último sábado, milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro – algumas com cartazes e faixas o chamando de genocida.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás considerou o fato de "lamentável". A pasta informou que o policial militar foi afastado de suas funções operacionais e responderá inquérito policial para apuração da conduta.