Professor cria Liga de Atletas para promover esporte entre transplantados

Brasi ainda carece de eventos voltados para doações de órgãos e vida ativa após a cirurgia

BandNews FM

Equipe da Liga TXBR no campeonato WTG 2023
Reprodução: Liga de Atletas Transplantados

O professor de educação física Ramon Lima nem sempre soube que pessoas transplantadas têm a chance de praticar esportes depois da cirurgia. A falta de informação sobre a capacidade de movimento desse público ainda acomete boa parte da população brasileira.

Foi depois de passar por um transplante renal que o educador pensou em se voluntariar nos Jogos Brasileiros para Transplantados, em Curitiba. Lá, conheceu outras pessoas que também tinham o desejo de promover não só a doação no Brasil, mas também a atividade física entre aqueles que receberam um novo órgão.

"Muitas vezes me peguei falando sobre transplante e pegando a reação das pessoas achando que eu estava falando sobre morte, quando, na verdade, eu estava falando de ganho de vida", contou Ramon ao programa BandNews Em Forma.

O Brasil é referência mundial no procedimento de doação de órgãos, apesar de a fila de espera no SUS atingir a casa dos milhares. Segundo o cirurgião cardiovascular do Instituto do Coração de São Paulo,  Dr. Ronaldo Honorato, a cirurgia não cria entraves, mas abre, sim, novos caminhos.

"Uma pessoa transplantada passa a ter uma qualidade de vida muito próxima da pessoa com capacidade normal. Só não diz que é normal, porque é preciso continuar com as medicações imunossupressoras", diz o cirurgião transplantador do Núcleo de Transplantes do Incor.

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