Elissandro Spohr era sócio proprietário da Boate Kiss e respondeu somente as perguntas feitas pelo juiz Orlando Faccini Netto e pelo seu advogado Jader Marques.
Chorando, ele contou que assistia o show da primeira banda que tocou naquela noite, quando precisou tirar uma pessoa embriagada junto com seguranças da boate.
Quando ocorreu a tragédia, ele foi aconselhado a sair do local para sua segurança e decidiu ir até uma delegacia para informar sobre o incêndio na Kiss.
Mais cedo, o ex-prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer teve uma manifestação curta. Ele criticou o inquérito da Polícia Civil que indicou 28 pessoas como responsáveis pelo incêndio que vitimou 242 pessoas.
Segundo Schirmer, o inquérito é incoerente e é notável a má vontade da Polícia. A recomendação da Polícia Civil para processo judicial contra ele foi arquivada.
O ex-prefeito garantiu que a Kiss foi multada diversas vezes ao longo de sua trajetória e disse que nenhum funcionário da prefeitura contribui para o incêndio.
No momento dessa fala, todos os familiares das vítimas da Kiss que acompanhavam a sessão saíram do plenário como protesto.
Também prestou depoimento o Promotor de Justiça em Santa Maria, Ricardo Lozza. Ele fez uma longa explicação sobre a questão ambiental e poder de polícia.
O promotor ressaltou que o MP fiscalizou dentro da sua atribuição e que o órgão não tinha poderes de fechar a boate.
Os demais réus serão ouvidos nesta quinta-feira (09). O Juiz sorteou a ordem de depoimento: Luciano Bonilha Leão, Mauro Londero Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos.