PRF afirma desbloquear estradas, mas manifestações ilegais continuam

Ministro do STF Alexandre de Moraes mandou Polícia Rodoviária Federal tomar providências, mas balanço recente da instituição aponta que mais de 250 pontos pelo país têm bloqueios ou interdições

BandNews FM

A Polícia Rodoviária Federal afirma ter liberado o trânsito em 192 pontos pelo país desde segunda-feira (31), mas as estradas brasileiras amanheceram nesta terça-feira (1) com mais de 250 pontos de bloqueios e/ou interdições pelo país. Segundo último balanço da PRF, divulgado às 6h10, são 271 pontos de manifestações antidemocráticas em 22 estados e no Distrito Federal.

No plenário virtual do STF, já foi obtida a maioria entre os ministros para manter a decisão de Moraes. O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, o ministro da Justiça, Anderson Torres, e os comandantes das polícias foram intimados formalmente para tomarem providências.

Os manifestantes começaram a bloquear estradas horas após a divulgação do resultado da eleição presidencial, ainda na noite de domingo (30). Pequenos grupos contrários ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva paralisam as rodovias.

Na manhã de terça-feira (1), os estados com mais registros de pontos de bloqueios são: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Pará e Rondônia.

A organização dos atos é difusa, o que dificulta a negociação com os manifestantes. A Policia Rodoviária Federal afirma estar nos pontos de bloqueio e diz ter reforçado as equipes trabalhando para liberar as vias. A PRF disse seguir com negociações pacíficas para permitir o direito de ir e vir.

No aeroporto de Guarulhos, o maior e mais movimentado terminal aéreo do país, passageiros têm dificuldades para chegar ao local. Uma manifestação no acesso ao aeroporto prejudica a operação das companhias aéreas. Mais de 25 voos foram cancelados e outros atrasados desde segunda-feira (31). Companhias aéreas pedem que os viajantes chequem as condições dos voos antes de sair de casa e solicitam que as pessoas cheguem com maior antecedência nos terminais.