Influenciada pelo aumento nos preços da gasolina e da energia elétrica, a prévia oficial da inflação foi de 1,14% em setembro. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa foi a maior taxa desde fevereiro de 2016 e a maior para um mês de setembro desde 1994, quando teve início o Plano Real.
Os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta sexta-feira (24).
No ano, o indicador acumula alta de 7,02%, e nos últimos 12 meses, de 10,05%, ultrapassando os dois dígitos e ficando acima do teto da meta da inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, de 5,25%.
Preços aumentam, mas salários não
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, destaca que o alto valor da inflação se torna ainda mais pesado para o bolso dos brasileiros quando se leva em conta que a elevação nos salários não acompanha a proporção de aumento nos preços: “Muitas pessoas tem a renda ainda baixa em relação ao que tinha antes da pandemia. Esse aumento de alimentos corrói uma renda já muito apertada”.
Segundo ela, há a expectativa de que os juros continuem subindo, como resposta do Banco Central para tentar contar o avanço da inflação.
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