A prévia da inflação de abril desacelera em relação a março e fecha em alta de 0,57%. O número divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE é 0,12 ponto porcentual abaixo do registrado no mês anterior. O dado veio abaixo da expectativa do mercado financeiro e confirma uma redução da inflação.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 registra alta de 2,59% desde janeiro. Já nos últimos 12 meses, o indicador fechou com crescimento de 4,16%. É a primeira vez desde fevereiro de 2021 que o número fica abaixo de 5%.
A elevação de 3,47% no preço da gasolina foi quem mais influenciou no IPCA-15. Em abril, todos os nove grupos de produtos pesquisados registraram alta.
Em abril do ano passado, a prévia da inflação foi de 1,73%. Para este mês, os analistas financeiros esperavam alta de 0,61%.
Segundo a colunista de economia da BandNews FM, o dado atual pressiona o Banco Central a iniciar uma redução da taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. Nesta terça-feira (25), em audiência no Senado Federal, no entanto, o presidente do BC, Roberto Campo Neto, disse não poder dar uma previsão para a redução da Selic.
A autoridade monetária utiliza a elevação dos juros para controlar a inflação. O BC tem como meta um índice de 3,25% de alta médica dos preços.
Como o acumulado nos últimos 12 meses foi de 4,16%, o Banco Central conseguiria cumprir a meta, já que é prevista uma flutuação do índice para até 4,75%.
Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária se reúne para decidir sobre a taxa básica de juros, mas não é esperada uma mudança imediata no índice.
Em audiência no Senado, o presidente do BC disse esperar um novo movimento inflacionário no segundo semestre, o que ainda demanda atenção.