O processo de escravização do povo preto, que durou mais de 300 anos no Brasil, faz com que a maioria dos negros brasileiros viva em situação de vulnerabilidade até hoje, sendo a maior parcela da população sem acesso à educação, saneamento básico e emprego.
De acordo com o IBGE, jovens negros passam, em média, dois anos a menos na escola do que jovens brancos. Os negros também são mais afetados pela falta de trabalho, com uma taxa de desemprego 71% maior.
No podcast Pretoteca, entrevistados negros que são referências nas mais diversas áreas vão discutir semanalmente os desafios no combate ao racismo e a busca do negro por uma posição de igualdade na sociedade.
Data: Todas as sextas-feiras
O décimo terceiro episódio do Pretoteca fala sobre a diversidade étnico-racial dentro do mercado de trabalho. Mesmo sendo a maioria da população, pretos e pardos não ocupam nem 5% dos cargos de lideranças nas 500 maiores empresas do Brasil, de acordo com um mapeamento do Instituto Ethos em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Observando essa disparidade, levantamos uma discussão sobre desproporcionalidade de oportunidades e a falta de políticas de inclusão dentro das empresas. Para isso, conversamos com Yuri Silva, baiano de 26 anos, coordenador de Direitos Humanos do IREE (Instituto para Reforma da Relação entre Estado e Empresa) e coordenador nacional do Coletivo de Entidades Negras (CEN). A falta de representatividade e proporcionalidade na gerência das instituições brasileiras evidencia o fato de que o mercado de trabalho ainda é extremamente excludente com a população negra e que a diversidade étnico-racial precisa estar no topo das estratégias adotadas pelas empresas.