Preso por atos antidemocráticos, cacique bolsonarista pede perdão

José Acácio Serere divulgou carta pedindo desculpas, inclusive ao presidente Lula, por disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral

Rádio BandNews FM

O texto foi divulgado pelos advogados de Serere com a ideia de “desfazer mal-entendidos”. Foto: Reprodução
O texto foi divulgado pelos advogados de Serere com a ideia de “desfazer mal-entendidos”.
Foto: Reprodução

O indígena bolsonarista José Acácio Serere, conhecido como cacique Serere, divulgou nesta quinta-feira (5) uma carta pedindo desculpas ao povo brasileiro pelas críticas ao sistema eleitoral do país. Na carta, o líder xavante afirma que se baseou em informações falsas e pede perdão também ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Alexandre de Moraes, que ordenou sua prisão.

Serere está preso há quase um mês pela participação em manifestações contra o resultado das eleições presidenciais. No dia 12 de dezembro, a prisão dele motivou protestos em Brasília e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal, além da destruição de propriedades públicas e privadas.

O texto foi divulgado pelos advogados de Serere com a ideia de “desfazer mal-entendidos”. Segundo eles, a decisão de escrever o que chama de “nota pública oficial” veio do próprio cacique, “livre de qualquer coação”.

José Acácio Serere ainda diz que não há indício concreto de fraude nas eleições e fala de amor para a vida em sociedade. Ele também atribui a terceiros o contato com informações falsas sobre o funcionamento das urnas.

No dia da prisão, Serere já havia gravado um vídeo, orientado pelos advogados, em que desestimulava a realização de manifestações violentas. Na carta, ele repete o tom, na busca de atenuar a própria situação.