O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Em um encontro marcado a partir das 9h da manhã, a pauta, segundo Brasil e EUA, discutia "questões bilaterais e globais".
Apesar da boa relação entre Lula e Biden, atual presidente dos EUA, os dois países possuem divergências sobre o conflito em Gaza.
A comparação feita por Lula com o Holocausto durante uma entrevista coletiva na Etiópia, no último domingo (18), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou o brasileiro como “persona non grata”, ou seja, não sendo mais bem-vindo no país.
A crise diplomática instaurada ganhou relevância internacional e grande repúdio por parte de israelenses, que alegam antissemitismo na fala dele e exigem um pedido de desculpas por parte do chefe do Executivo.
Os Estados Unidos se pronunciaram contrariamente à comparação e discordaram que esteja ocorrendo um genocídio na Faixa de Gaza. Além disso, o país vetou pela terceira vez na ONU a proposta de um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
No entanto, no final do encontro, Blinken disse que a parceria Brasil-EUA é importante e que a reunião foi produtiva, mas não entrou em detalhes sobre a pauta do encontro e nem quis falar sobre Gaza.
Uma das pautas foi a tensão na Venezuela. Blinken se mostrou preocupado sobre as ameaças de invasão sob o governo de Nicolás Maduro na disputa sobre o território de Essequibo e Lula o acalmou sobre a situação.
Além disso, o governo americano enfatizou o apoio dos EUA à presidência do Brasil no G20, grupo que reúne as maiores economias mundiais.
Essa é a primeira visita do secretário de Estado do governo Joe Biden ao Brasil.