O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, perdoou, nesta quinta-feira (12), 39 presos no maior ato de clemência em um único dia na história moderna do país. Todos foram sentenciados por crimes não-violentos. Ao todo, foram reduzidas as sentenças de aproximadamente 1.500 presos que viviam em prisão domiciliar desde a pandemia do coronavírus.
A agência de notícias Associated Press anunciou que o presidente irá conceder e analisar novas medidas de clemência nas próximas semanas. A pressão de muitos grupos de defesa tem abordado a insistência no perdão a detentos, especialmente àqueles que estão no corredor da morte.
“A América foi construída com base na promessa de possibilidades e segundas oportunidades. Como presidente, tenho o grande privilégio de conceder misericórdia às pessoas que demonstraram arrependimento e reabilitação, restaurando a oportunidade para os americanos participarem da vida cotidiana, contribuírem para suas comunidades e tomarem medidas para eliminar as disparidades nas sentenças para criminosos não violentos, especialmente aqueles condenados por crimes relacionados a drogas", destacou Joe Biden.
O anúncio feito nesta quinta (12) também está conectado à sequência de indultos realizados por Biden. No início de dezembro, o americano havia autorizado o perdão do próprio filho no dia em que Hunter Biden foi condenado em dois casos criminais.
O presidente americano estuda a possibilidade de conceder perdões preventivos a pessoas que investigaram a tentativa de golpe de Estado de apoiadores do presidente eleito Trump para protegê-los de eventuais retaliações.
Em contrapartida, o republicano declarou que vai perdoar as pessoas que invadiram o Capitólio em 2021, assim que assumir o cargo da presidência. Ele afirmou que haverá uma análise dos casos, mas que o perdão virá de forma instantânea. "Acredito que eles já foram punidos demais. A grande maioria dessas pessoas não deveria estar na prisão ", disse.