O presidente do Sri Lanka fugiu do país nesta quarta-feira (13) antes de renunciar ao cargo conforme prometido aos manifestantes que ocupam prédios do governo desde o fim de semana. Segundo a agência de notícias Reuters, Gotabaya Rajapaksa deixou a nação insular em um avião da Força Aérea e seguiu para as Maldivas na companhia da primeira-dama e de seguranças. O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, assumiu como presidente interino e decreto toque de recolher e situação de emergência no país.
Wickremesinghe comprometeu-se a deixar o cargo para permitir a formação de um novo governo. O compromisso buscava aplacar as manifestações dos populares insatisfeitos com as condições econômicas do país.
Após decretar situação de emergência e ampliar poderes das polícias, protestos tomaram conta das ruas.
Na segunda-feira (11), o Parlamento disse que votaria em um nome como novo presidente e este deveria indicar um novo premiê. A sessão pra escolha do novo mandatário estaria marcada para o dia 20 de julho, a próxima quarta-feira, prolongando por uma semana a instabilidade na região.
Com 21 milhões de habitantes, isolada no Oceano Índico ao sul da Índia, o Sri Lanka está fora do eixo informacional e econômico a Ásia, por isso, é difícil confirmar as informações sobre a crise que atinge a região.
Relatos indicam que manifestantes ainda ocupam prédios públicos e já fila para entrar no Palácio Presidencial. Desde sábado (9), cenas com populares ocupando quartos, salas e os jardins do local em Colombo, a capital, rodam o mundo. Os líderes do movimento afirmaram que só deixariam os locais com a formação de um novo governo.
O Sri Lanka enfrenta uma das maiores crises econômicas da história, com uma inflação de 18% e a escassez de combustível.