O médico e presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, Clovis Bersot Munhoz, decidiu se afastar do cargo após a divulgação de uma investigação de um caso de assédio sexual que teria sido cometido por ele. O anúncio do afastamento aconteceu nesta quinta-feira (21) junto à diretoria do conselho.
Segundo o Cremerj, uma sindicância interna vai apurar a denúncia. Ainda de acordo com o grupo, o procedimento vai ser encaminhado para o Conselho Federal de Medicina, que deve encaminhar o procedimento para outra Regional, com o objetivo de garantir total isenção e imparcialidade na investigação.
O caso teria ocorrido em 2021, em uma sala de cirurgia de um hospital particular na Zona Sul da capital fluminense. Em depoimento, a vítima, uma técnica de enfermagem, disse aos agentes que o médico disse que ela era "muito quente" e que precisava ter mais relações sexuais por ter se casado muito cedo.
De acordo com informações de uma fonte da BandNews FM, Clóvis Bersot Munhoz já chegou a ser indiciado pelo crime. A investigação corre em sigilo. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público estadual, que pediu mais informações e novas diligências para a Polícia Civil do estado.
Em nota, o Cremerj informou que um procedimento administrativo foi instaurado à época e nele o médico frisou não ter proferido nenhuma das palavras mencionadas.
Nos últimos dias, casos de assédio sexual envolvendo médicos têm vindo à tona. Um anestesista foi acusado de estupro em uma sala de parto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Já na Bahia, um urologista foi acusado de assédio durante um exame médico.