Presidente do Chile defende reação da América Latina em caso de golpe no Brasil

Declaração de Gabriel Boric aconteceu após Jair Bolsonaro acusar o chileno de “queimar o metrô” nos protestos de 2019 no país

BandNews FM

Boric ainda elogiou a carta pela democracia organizada pela Faculdade de Direito da US
RODRIGO GARRIDO/REUTERS

Em entrevista à revista Time, dos Estados Unidos, o presidente do Chile, Gabriel Boric, fez um apelo por uma reação da América Latina caso haja uma tentativa de golpe nas eleições brasileiras.

“Se houver uma tentativa, como houve na Bolívia, por exemplo, em 2020, onde as acusações de fraude acabaram sendo usadas para justificar um golpe de Estado, a América Latina tem que reagir em conjunto para evitar que isso aconteça”, disse Boric.

O chileno ainda elogiou a carta pela democracia organizada pela Faculdade de Direito da USP. “Foi muito promissor ver a carta de São Paulo, que reúne um milhão de assinaturas a favor da democracia, de um amplo recorte [da sociedade e da política]. Acho que foi um sinal forte da sociedade brasileira”. O documento, redigido em julho em reação aos ataques de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas, teve já ultrapassou a marca de 1 milhão de assinaturas.

As falas de Boric acontecem depois que o Chile convocou, na segunda-feira (29), o embaixador do Brasil em Santiago, Paulo Pacheco, para consultas após as declarações de Bolsonaro contra o líder chileno, a quem acusou de “queimar o metrô” nos protestos de 2019. A declaração foi feita no debate da Band que reuniu os candidatos à presidência da República no domingo (28).

O governo de Gabriel Boric vai passar por um momento crucial no domingo (04). Na data, os chilenos vão dizer se aprovam ou rejeitam o texto entregue pela convenção constitucional em 4 de julho.

Após um plebiscito de entrada que teve 78% de aprovação para uma nova Carta Magna, as últimas pesquisas de intenções de voto apontam uma possível vitória da rejeição ao documento.

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