Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, disse, nesta quinta-feira (10), que deve achar alternativas para diminuir a inadimplência nas operações com cartões de crédito rotativo, que acontece quando a pessoa não quita a dívida total da fatura e deixa para o mês seguinte.
O governo federal, os bancos brasileiros e as empresas de varejo ainda não chegaram a qualquer tipo de acordo e seguem negociando para tentar uma solução para reduzir os juros.
A situação voltou a ser discutida depois da apresentação de relatórios sobre a atuação da instituição na queda de juros no país.
Campos Neto destacou que a equipe econômica está preocupada com a inclusão do tema no texto do “Desenrola Brasil” para que possa abrir precedentes no tabelamento de juros em outras modalidades.
De acordo com o presidente da instituição, a solução mais próxima é o fim do rotativo, com o crédito indo direto para o parcelamento, além d e que a taxa gire em torno de 9%.
O presidente do BC também afirmou que pode ser criada uma tarifa para desincentivar o parcelamento sem juros tão longo, já que o cartão de crédito representa cerca de 40% do consumo no Brasil.