O presidente da Associação Pró Eliseos Melhor, Iézio Silva, concedeu uma entrevista à BandNews FM durante a manhã desta segunda-feira (17) e defendeu a internação compulsória para dependentes químicos na região da Cracolândia.
Segundo o representante dos moradores e comerciantes locais, os moradores em situação de rua que ocupam a região central da capital paulista podem não mais estar em condições mentais hábeis para decidir sobre sua saúde.
"Quando você isola, é mais fácil de trabalhar com aquelas pessoas. Eles estão os doentes, são pessoas que precisam de internação, de tratamento. Tem pessoas que não tem mais o discernimento. Não tem mais condições de escolher, de decidir. Muitos estão ali porque a família não aguenta mais."
Questionado sobre a iniciativa da prefeitura de São Paulo em promover um ponto específico para realocar o fluxo da Cracolândia, Iézio apoiou a iniciativa e declarou que grandes centros urbanos nos Estados Unidos, como Boston e Chicago, já utilizaram essa estratégia anteriormente.
"Não acabou com o dano, com a Cracolândia, mas reduziu o dano à população e ao comércio."
Iézio ressaltou que não esteve presente nas reuniões sobre a possível mudança da Cracolândia e que ainda não sabe qual será a rua, na região central, escolhida pela prefeitura para receber o fluxo dos dependentes químicos.
"Essa estratégia de colocarem em um local onde o dano é menor, para a população, para a cidade e para quem circula, acho válido. Até que se crie ideias melhores e aprove a internação [compulsória]"
Prefeito também apoia a internação
No último fim de semana, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) solicitou que autoridades judiciais de São Paulo - Tribunais de Justiça, desembargadores, juízes e Ministério Público - pensem sobre a possibilidade de autorizarem a internação compulsória de usuários de crack. De acordo com o emedebista, a iniciativa poderá salvar vidas.