O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ironiza as especulações sobre a possível saída dele do cargo. Em uma rede social, ele postou uma imagem em que respondia a um questionamento sobre o assunto dizendo que sairia da companhia para ir para casa de noite, mas que voltaria na manhã do dia seguinte por ter a agenda sempre cheia.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, em meio a críticas feitas, inclusive por membros do governo, Prates chegou a pedir uma reunião "definitiva" com o presidente Lula para tratar da permanência na empresa e ainda aguarda uma resposta sobre o possível encontro. Ele espera receber o apoio do chefe do Executivo para seguir no cargo. O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, é um dos nomes cotados para a função, caso Prates deixe a companhia.
Entre os motivos para o atrito entre Jean e setores do governo, estão a discordância do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a reinjeção de gás natural em poços de petróleo e divergências em relação ao pagamento de dividendos extraordinários.
Na quinta-feira (4), após a notícia de que a empresa teria decidido distribuir os valores a mais aos acionistas, a Petrobras informou que não há qualquer definição sobre o assunto.
A companhia ressaltou que, no mês passado, o Conselho de Administração, propôs que o lucro remanescente do ano passado, de quase R$ 44 bilhões, seja destinado para a reserva de remuneração do capital, uma espécie de colchão de segurança que garante o pagamento de dividendos futuros.
A aprovação final da proposta só vai ocorrer na Assembleia Geral de Acionistas, marcada para o dia 25 de abril.
Ao longo da quinta-feira (4), as ações da companhia oscilaram bastante e fecharam o dia em queda de 1,41%.