O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, chega nesta segunda-feira (14) a Kiev para discutir a crise com a Rússia junto com o presidente Volodymyr Zelensky. O alemão vem sendo cobrado a pressionar os russos pelo fim da escalada de tensão na região do Leste Europeu.
A Alemanha é a maior economia da Europa e a maior parceira comercial da Rússia. A dependência do gás natural russo é apontada como um dos fatores para os alemães terem procurado uma neutralidade no conflito até aqui.
Na terça-feira (15), Olaf Scholz deve se encontrar, em Moscou, com Vladimir Putin. O primeiro-ministro assim repete o percurso feito por Emmanuel Macron, presidente da França, na última semana. O encontro com o francês, no entanto, terminou sem o distensionamento da tensão na região.
Neste domingo (13), Scholz discursou no parlamento e disse que sanções serão impostas caso a Rússia invada o país vizinho. O alemão assim se alinhou aos Estados Unidos, já que Joe Biden insistiu ao longo do fim de semana com a promessa de sanções e respostas rápidas caso uma operação militar seja desencadeada no Leste Europeu.
Os russos reclamam da expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar que reúne europeus, americanos e canadenses. Além disso, querem a garantia de que a Ucrânia jamais seja admitida na OTAN. Desde dezembro, a movimentação de militares russos na fronteira com o país vizinho tem aumentado e a estimativa é que entre 100 mil e 170 mil militares estejam na área.
Os Estados Unidos afirmam que existe uma possibilidade de invasão iminente. O alerta voltou a ser feito pela Casa Branca neste domingo (13). A Rússia nega a intenção e fala em histeria.
Enquanto isso, continua a retirada de cidadãos internacional que estão na Ucrânia. Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Japão, Coreia do Sul e Austrália são alguns dos países que orientaram a saída de nacionais que estarem em solo ucraniano e iniciaram o esvaziamento de embaixadas em Kiev.