O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirma que a Prefeitura vai realizar a internação compulsória de usuários de drogas apenas em casos específicos que tenham indicação clínica para o tratamento dessa forma.
A declaração vem após o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), solicitar a elaboração de uma proposta de internação compulsória a ser colocada em prática a partir de janeiro de 2024. A intenção não é nova e já havia sido levantada pelo político em dezembro do ano passado, como forma de evitar “cracolândias”.
Nas redes sociais, Paes escreveu: “Não é mais admissível que diferentes áreas de nossa cidade fiquem com pessoas nas ruas que não aceitam qualquer tipo de acolhimento (...) acabam cometendo crimes”.
O prefeito do Rio de Janeiro acrescentou: “Não podemos generalizar, mas as amarras impostas às autoridades públicas para combater o caos que vemos nas ruas da cidade, demanda instrumentos efetivos para se evitar que essa rotina prossiga”.
O Supremo Tribunal Federal proibiu em agosto deste ano que autoridades públicas façam a remoção e o transporte compulsório de pessoas em situação de rua.