A Prefeitura de São Paulo interna mais de 20 pessoas dependentes quimícas provenientes da região da Cracolândia de forma involuntária. A medida de combate às drogas está sendo realizada pela cidade desde abril.
Diferente do outro método utilizado pela prefeitura, a internação voluntária, quando o dependente quimíco busca o auxílio de forma autonôma, são necessárias duas autorizações: uma solicitação de um responsável legal ou familiar do usuário e de um laudo médico.
Dessa forma, o assistente social conversa com o paciente após a solicitação para levá-lo ao CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, e então a pessoa é encaminhada para um hospital ou comunidade terapêutica ligada à gestão municipal.
Até o momento, o Hospital Municipal Bela Vista é a principal referência para o atendimento de internações involuntárias de pessoas em situação de rua. De acordo com a prefeitura, existem 200 vagas abertas. Porém, caso o número de solicitações aumente devem ser criadas novas.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que a cidade está oferecendo uma estrutura para atender bem esses pacientes. A prefeitura ainda não divulgou planos para acompanhamento dos pacientes pós-internação.
A internação compulsória foi autorizada em junho de 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei das Drogas. Em 2017, o então prefeito da capital paulista, João Doria pediu à Justiça liberação para realizar internações do tipo em usuários de drogas, o que foi negado pelo Ministério Público que classificou o pedido como "esdruxúlo".