Prefeitura de SP começa retirada de barracas de moradores de rua

Prefeito Ricardo Nunes diz que as moradias não serão arrancadas à força; liminar proibindo a operação foi derrubada na sexta (31)

BandNews FM

Prefeitura de SP começa retirada de barracas de moradores de rua
Prefeitura de SP começa retirada de barracas de moradores de rua
Agência Brasil

A Prefeitura de São Paulo inicia nesta segunda (3) a operação de retirada de barracas de moradores instaladas nas ruas, calçadas e em locais públicos da capital paulista.

Em entrevista à BandNews FM, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que as barracas não serão arrancadas à força, mas destacou que “não é razoável que alguém possa defender que as pessoas fiquem expostas numa barraca na rua”.

No bairro Santa Ifigênia a operação já começou. Na Sé, o subprefeito, coronel Álvaro Camilo, disse que as barracas só serão retiradas se as pessoas se negarem a sair.

A liminar que impedia a retirada das barracas foi derrubada pelo desembargador Ribeiro de Paula na sexta (31). Desde fevereiro a medida estava proibida após uma ação popular movida pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pelo padre Julio Lancelloti e outras pessoas.

O prefeito disse que a orientação é mostrar para esses moradores que existem muitas opções além dos albergues: "Vamos oferecer a opção para que eles voltem para a cidade de origem, vagas em centros de acolhimento, ajuda para procurar emprego e inclusão na fila de programas de habitação", disse.

Atualmente, a Prefeitura tem 32 mil moradores em situação de rua mapeados, o que significa que se todos aceitassem ir para um albergue, praticamente metade não encontraria vaga. O prefeito afirma que, em 2022, mais de 9 mil pessoas deixaram de viver nas ruas da capital paulista.

As barracas são retiradas durante o dia e levadas a um pátio da subprefeitura local, onde os moradores em situação de rua podem retirá-las para passar a noite. A decisão da Justiça não permite a retirada de barracas no período noturno.