Preço da cesta básica aumenta por conta da inflação

Curitiba lidera o ranking com aumento de 50% em três anos

Rádio BandNews FM

11 itens terminaram o ano custando mais caro do que no início
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 Em três anos, o preço da cesta básica aumentou praticamente 50% em Curitiba. O cenário de inflação descontrolada pode ser observado desde 2019, antes mesmo da crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus. 

No ano passado, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Curitiba liderou a alta entre as capitais, com um índice de 16,3%. O economista do Dieese, Sandro Silva, aponta que o resultado de 2021 confirma o cenário macroeconômico difícil que o Brasil enfrenta há, pelo menos, três anos.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos acompanha a evolução dos preços de 13 itens, dos quais 11 terminaram o ano custando mais caro do que no início. Curitiba viu o preço geral aumentar 16,3%, seguida por Natal (15,42%), Recife (13,42%), Florianópolis (12,02%) e Campo Grande (11,26%).  

Entre os itens que ficaram mais caros, destaque para o aumento expressivo do café, do açúcar e do tomate. Também pesou no bolso preço da carne bovina, do óleo de soja, da farinha de trigo, da manteiga, do leite, do pão francês.

Dos itens acompanhados pelo Dieese, na maior parte das capitais, terminaram o ano em queda os preços da batata, do arroz agulhinha e do feijão. 

A inflação é a alteração do nível de preços de bens ou serviços, e ocorre de forma volátil e descentralizada. Em geral, ela é mais perceptível para a população mais pobre, e que, portanto, usa a maior parte do que recebe para pagar pelo próprio custo de vida.

O economista Sandro Silva também reforça que a alta dos alimentos acontece em meio ao aumento de preço de outros itens básicos. Sobre o combustível, em 2021, o preço aumentou em todo o Brasil. Nos postos, a gasolina terminou o ano 46% mais cara do que em janeiro. 

O valor médio do diesel avançou 45%. E o preço médio do etanol aumentou 58%, segundo dados da Associação Nacional do Petróleo (ANP). A explicação principal para alta desenfreada do combustível foi a desvalorização do real frente ao dólar, uma vez que o barril de petróleo é negociado na moeda estadunidense.

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