Nunca o centro de São Paulo teve tantos assaltos como em 2023. Dados da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo colocam a Praça da Sé como o local mais perigoso na região.
Entre janeiro e fevereiro, 650 pessoas foram roubadas no marco zero da capital paulista. As oito delegacias da zona central registraram 4.620 roubos nos dois primeiros meses do ano, um aumento de 22% em relação ao mesmo período em 2022. É o maior número desde 2001, o início da série histórica.
Como forma de combater a violência, a Prefeitura de São Paulo colocou grades móveis ao redor da praça. No entanto, o subprefeito da região, o Coronel Álvaro Camilo, anunciou nesta quarta-feira (19) que o pedido feito pela Defensoria Pública de retirar as grades será atendido. As datas, no entanto, não foram divulgadas.
"Nós não vamos tirar já não. Nós vamos movimentar dentro da praça onde precisar para fazer a zeladoria. Assim que os trabalhos de zeladoria forem terminando, e os lugares forem se consolidando, aí a gente tira as grades", concluiu.
Por outro lado, o governo paulista informou nesta quinta-feira (20) que os roubos e furtos na região da Cracolândia tiveram queda de 19% na segunda semana de abril. A Secretaria de Segurança Pública atribuin a redução ao reforço de 30% de policiamento ostensivo e preventivo no centro da capital.
Na primeira semana do mês, foram registrados 311 casos, enquanto na segunda semana foram 242, representando uma redução de 22%. Já na semana passada, ocorreram 183 roubos, com uma diminuição de 24%.
"A SSP tem como prioridade o combate à criminalidade nas chamadas cenas abertas de uso de entorpecentes no centro. Na rua, há mais de 120 policiais, além de policiamento nas áreas já existentes", diz a nota.