O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, arquiva após um ano a investigação que tentava descobrir se procuradores da Operação Lava Jato no Paraná intimidaram ministros da Corte sem autorização judicial.
O caso começou depois conversas revelarem uma possível articulação junto à Receita Federal para conseguir dados dos magistrados.
Segundo Martins, apesar de notícias que chegaram a ser divulgadas, não há dados concretos para acreditar que ministros foram alvos de ações consideradas criminosas.
Para o presidente do STJ, o arquivamento era a medida a ser tomada, visto que não houve ilegalidade:
"Ressalte-se que foram expedidos inúmeros ofícios a diversas instituições públicas com o objetivo de coleta de indícios de prática delitiva. Das informações prestadas pelas autoridades estatais não se verifica a existência de indícios suficientes de autoria e de materialidade de eventuais crimes, o que induz à convicção de que o arquivamento do presente inquérito é a medida que se impõe”.
Nas redes sociais, o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná Deltan Dallagnol comemorou a medida:
“A cada dia que passa, as teses Vaza Jatistas são derrubadas e desacreditadas diante da conclusão de que a operação Lava Jato atuou dentro da lei, com base em fatos e provas. Vitória da sociedade. Tentaram sequestrar a narrativa e reescrever a história, mas não conseguiram”.
Juiz na época, Sergio Moro também analisou a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça:
“Vitória! A decisão do STJ de arquivar o inquérito contra membros da Lava Jato é uma demonstração de que a operação sempre atuou dentro da lei”.