A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que o imóvel que desabou no morro do Salgueiro, na Tijuca, na Zona Norte, tinha indícios de danos estruturais. A perícia foi feita no local nesta quinta-feira (18) e o laudo deve ser concluído entre 15 e 30 dias.
A delegacia da Tijuca vai ouvir, a partir da próxima semana, os sobreviventes do desabamento que matou um jovem. Oito pessoas moravam no imóvel de três andares, quatro delas estavam no local no momento do acidente. Um jovem de 22 anos, identificado como Carlos, não resistiu aos ferimentos. As outras três pessoas ficaram feridas.
Alessandra Silva, de 19 anos, e uma menina de quatro anos foram levadas para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Meier, na Zona Norte. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Alessandra já teve alta e a criança continua em observação com quadro de saúde estável. Outra mulher, Aleksandra Silva, de 25 anos, foi encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro da cidade, onde passou por cirurgia e também tem quadro estável.
O delegado responsável pelas investigações, Gabriel Ferrando, informou que não havia problemas no terreno onde o imóvel estava localizado e que as casas vizinhas também não apresentavam irregularidades.
Agentes da Defesa Civil constataram que nenhum imóvel vizinho teve estrutura danificada ou apresenta risco iminente de desabamento.
A Secretaria Municipal de Conservação informou que já iniciou a demolição e a retirada de escombros para estabilizar o terreno e evitar o deslizamento do material.
Todo o serviço será feito manualmente.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o homem que morreu era o dono da casa de dois andares com terraço, construída na Rua Francisco Graça, um dos acessos à comunidade do Salgueiro.
O imóvel foi construído em uma encosta com risco de deslizamento.