A Justiça aceitou nesta quarta-feira (22) o pedido feito pela Polícia Civil de São Paulo de prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros.
O mandado foi expedido pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Registro, Raphael Ernane Neves, que justificou que “nenhuma das medidas alternativas se revela pertinente”.
De acordo com o despacho do delegado Daniel Vaz Rocha, o acusado "vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública".
O inquérito policial instaurado para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora-geral, para fundamentar o pedido de prisão preventiva.
O procurador ficou irritado após a abertura de um processo disciplinar por conta de mal comportamento no local de trabalho. Demétrius foi afastado do cargo na procuradoria e teve o salário suspenso.
A vítima Gabriela Samadello, de 39 anos, foi atacada na tarde da última segunda-feira (20), dentro da prefeitura. A ação foi filmada por outra funcionária e mostra ele desferindo uma série de socos e chutes na mulher. A gravação mostra ainda que uma segunda profissional é empurrada contra uma porta ao tentar conter o homem.
A vítima chegou a afirmar que cobrou providência da Secretaria Administrativa por temer trabalhar com o procurador.
O agressor foi ouvido pela Polícia Civil e liberado na sequência. Segundo o delegado do caso, Fernando Carvalho Gregório, "não havia uma situação de flagrante”, e sim um “ato criminoso” que deve ser apurado.