O secretário da Segurança Pública de São Paulo diz que a polícia não descarta nenhuma hipótese sobre a motivação do tiroteio ocorrido perto da agenda de campanha de Tarcísio de Freitas.
O candidato do Republicanos ao Governo do Estado comparecia a uma visita ao Pólo Universitário de Paraisópolis na Zona Sul da capital paulista no fim da manhã desta segunda-feira (17). O evento foi interrompido pelo barulho de tiros na área próxima ao local; o político e a equipe dele não ficaram feridos.
O secretário da segurança afirma que um homem com passagem por roubo morreu no tiroteio. O general João Camilo Pires de Campos diz ainda que os dados são muito preliminares, mas que a troca de tiros pode ter sido motivada pela presença reforçada de policiais no evento.
Já Tarcísio afirmou que percebe o ocorrido como uma intimidação do crime organizado: “É um recado claro de que não somos bem-vindos, para mim, é uma questão territorial e não tem a ver com eleições”, disse.
O candidato ainda contou que a equipe de segurança no andar de baixo viu quatro motocicletas com duas pessoas em cada que estavam fotografando a equipe e perguntaram se era um policial que estava no local. Segundo Tarcísio, os motociclistas voltaram armados depois e as pessoas no local gritavam “abaixa, abaixa! Tem que tirar ele daqui porque o problema é ele (Tarcísio)”.
Ele ainda afirmou que “em nenhum momento disse que era atentado” e que troca de tiros naquele local não é comum.
O candidato do PT ao Governo do Estado repudiou a violência em conversa com jornalistas depois de uma caminhada na Zona Leste da Capital. Fernando Haddad ficou sabendo do incidente pelos repórteres; perguntado se isso pode mudar alguma coisa na campanha, ele disse que vai permanecer falando com os eleitores.
O governador de São Paulo disse que conversou com Tarcísio de Freitas por telefone pouco tempo depois do atentado. Rodrigo Garcia, do PSDB, promete garantir condições de segurança para que os candidatos possam desempenham as campanhas normalmente.