Polícia investiga execução de delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado e três pessoas ficaram feridas

BandNews FM

Polícia investiga execução de delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos
Vinicius Gritzbach seria o mandante do assassinato de membros do PCC
Reprodução/Band

Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros nesta sexta-feira (08), na entrada do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Outras três pessoas ficaram feridas.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que os atiradores param o carro em frente ao terminal do aeroporto e disparam contra a vítima. O carro que teria sido usado pelos criminosos foi localizado nos arredores do terminal pouco tempo depois do assassinato, mas ninguém foi preso. A diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo, delegada Ivalda Aleixo, afirmou que peritos estão em busca de pistas no veículo e também analisam provas coletadas no aeroporto.

Antônio Gritzbach tinha negócios na área de criptomoedas e seria o responsável por mandar matar dois integrantes do PCC: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram mortos em 27 de dezembro de 2021. O empresário negociava uma delação premiada com o Ministério Público e teria detalhado esquemas do PCC e de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo. O MP disse que não vai se manifestar sobre o caso para não prejudicar as investigações.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou os indícios de que o ataque a tiros na porta do maior aeroporto do Brasil esteja associado ao crime organizado. As autoridades também confirmaram que a vítima havia sido “jurada de morte” pelo PCC.

Existe também a suspeita de que os seguranças do empresário, todos policiais militares da ativa, possam ter participado do crime. O carro que levava os quatro PMs teria quebrado no caminho do aeroporto e, por isso, apenas um deles o acompanhava no momento do assassinato. A suspeita se deve ao fato de que os outros três agentes optaram por ficar no veículo quebrado. Os agentes não tiveram os nomes divulgados, mas ficarão afastados do trabalho durante as investigações.

O empresário Antônio Gritzbach foi atacado quando desembarcava de uma viagem para Goiás. Ele foi morto com disparos de fuzis e metralhadoras.