
A Polícia Federal, em operação em conjunta com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), prendeu nesta terça-feira (25) o policial civil e CEO da fintech 2GO Bank, Cyllas Salerno Elia, acusado de lavar dinheiro ao PCC.
Cyllas já foi detido em 2024 em investigações que ocorreram após o assassinato do delator do PCC, Vínicius Gritzbach, que foi morto no Aeroporto de Guarulhos. O CEO da fintech foi acusado de participar de esquema semelhante, porém foi solto mediante apresentação de habeas corpus. Gritzbach citou o nome da empresa do policial civil na delação em 2023.
A facção mantinha uma rede de laranjas que envolvia um servente de pedreiro e uma adega em nome de Mauricio Walter de Cordeiro que, segundo as investigações, recebeu o auxílio emergencial em 2020 para ocultar suas transações financeiras.
Outra fintech na mira da operação é a Invbank, que recebeu repasses de Crédito Urbano Eireli, cujo o dono formal é o servente de pedreiro Josenilson Urbano dos Santos. O MPSP suspeita que o verdadeiro proprietário seria Carlos Alexandre Ballotin, fundador do Invbank. Ele é mais um dos alvos de busca e apreensão nesta terça-feira.
A “Operação Hydra” teve início após a delação de Gritzbach. Ainda foram cumpridos mais 9 mandatos de busca e apreensão pela PF e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em endereços entre São Paulo, Santo André e São Bernardo.