A Polícia Federal vai investigar as causas do incêndio que atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo, na noite desta quinta (29).
O depósito, de quase 10 mil metros quadrados, abrigava o acervo da antiga Embrafilme, como roteiros, cópias de filmes e documentos – alguns com mais de 100 anos.
Segundo a capitã do Corpo de Bombeiros Karina Paula Moreira, o fogo teria começado durante a manutenção no sistema de ar-condicionado, feita por uma empresa privada. As chamas atingiram seis metros de altura e ninguém ficou ferido.
No último dia 20 de julho, o Ministério Público Federal chegou a alertar sobre o risco de incêndio tanto na sede da Cinemateca, na Vila Mariana, como nos galpões da Vila Leopoldina.
Mas um acordo deu à Secretaria Especial de Cultura, comandada pelo ator Mário Frias, mais tempo para adotar medidas de preservação do patrimônio.
Esse é o quinto incêndio que atinge prédios da Cinemateca; os quatro primeiros foram em 1957, 1969, 1982 e 2016.
Em nota, a Secretaria Especial de Cultura lamentou o ocorrido e destacou que todo o sistema de climatização passou por manutenção há cerca de um mês.
Nas redes sociais, o secretário Mário Frias disse ter acionado a Polícia Federal para apurar se o incêndio foi ou não “criminoso”, e afirmou que tem “compromisso com o acervo guardado”.